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Grupo CINENAUTA

sexta-feira, 6 de junho de 2008

As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian

Em 2005 chegou aos cinemas o controverso As Crônicas de Nárnia: O leão, a feiticeira e o guarda-roupas, adaptação do primeiro de uma série de livros infantis escrita por C. S. Lewis e que é um clássico lá fora (eu, na verdade, nunca li).

A história tem pouca ligação com a anterior: 1300 anos se passaram na terra mágica de Nárnia e tudo o que conhecemos anteriormente não existe mais, os nárnianos foram dizimados por humanos (Filhos de Adão) que reinam absolutos. O tal príncipe da título é herdeiro direto do trono, mas tem um tio ambicioso que o tenta matar. Caspian foge e encontra criaturas que o acolhem no bosque. Ele então, a fim de reaver o trono, invoca as quatro crianças do primeiro, Pedro, Edmundo, Suzana e Lucia, para lutar por ele e por Nárnia.

E, se o roteiro é tão cheio de furos quanto o anterior, o filme como um todo é muito melhor. As cenas de ação são muito bem feitas, o visual das criaturas digitais, em especial o leão Aslan, é espantoso de tão real. E a paisagem deslumbrante.

Os senões ficam por conta das referências à O Senhor dos Anéis e Harry Potter que, a exemplo do que aconteceu com Matrix, já saturaram.

E o tom excessivamente "família" da Disney não condiz com crianças guerreiras assassinando adultos à torto e à direito. Fica meio constrangedor ouvirmos lições de fé e parceria enquanto uma menina de 10 anos tenta degolar um anão. Seria melhor se os produtores se contentassem em simplesmente contar uma história divertida.

Mas o que mais me intringa é ouvir os aplausos de fundamentalistas cristãos, que acharam o máximo o fato de Aslan ter caracteristícas de Cristo (no primeiro, ele morre por seu povo, ressuscita e triunfa, nesse, ele promete uma volta em que muitos não acreditam). E foram esses mesmos cristãos que chiaram quando Bryan Singer deu ares messiânicos ao Superman e os próprios que tentaram barrar Harry Potter por "incentivar" a bruxaria entre crianças. Como se trombas mágicas, minotauros, poções e animais falantes fossem mais cristãos que varinhas e vassouras. Como entender o que se passa na cabeça dessa gente?


P. S.: Se gosta de filmes com temas fantásticos e protagonizados por crianças, procure por O Labirinto do Fauno e A Garganta do Diabo, filmes espetaculares (em especial A Garganta) de Guillermo del Toro e que passaram batido pelos cinemas e locadoras.
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