Mel Gibson é uma figura controversa. Sempre envolvido em polêmicas, beberrão, encrenqueiro, machista, homofóbico, anti-semita, sádico. Mas apesar de tudo o cara é um gênio, e dessa vez sua mente doentia nos presenteia com este ótimo épico maia(?) falado no dialeto original(??) e estrelado por nativos, sem nenhum nome conhecido (???). Sim, parece estranho, mas o filme funciona, e bem.
Já no ínicio somos apresentados a Jaguar Paw, jovem caçador de uma tribo da civilização maia. Tribo a qual é massacrada por outros guerreiros. Jaguar consegue, antes de ser pego, esconder sua esposa e filho em lugar seguro, para logo em seguida ser levado por seus captores. Acompanhamos então, a tensão vivida por Jaguar, à medida que é levado selva adentro rumo ao desconhecido. Após uma fuga espetacular, o caçador tenta retornar para salvar a amada enquanto é perseguido por guerreiros inimigos ávidos por sangue, tendo como vantagem apenas sua determinação. Feiticeiros, profecias, vingança, obsessão e amor permeiam o longa, completando o roteiro e nos deixando absortos.
Apocalypto possui uma produção primorosa, com riqueza de detalhes e realismo impressionantes (como era de se esperar de um filme de Gibson), e a cena do sacrificio, em especial, é um show de cores e violência poucas vezes visto antes.
A ação ininterrupta, a violência extrema, as lutas coregrafadas com maestria e precisão contrastam diretamente com a beleza e poesia de alguns momentos (a cena do parto realmente emociona). Recomendado para quem vibrou com Coração Valente e A Paixão de Cristo. Detalhe: o filme só está sendo vendido em cópias legendadas. Nota: 9.
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