Pois é. Dia 12 é o Dia dos Namorados e o Cinenauta pra não fazer feio junto à pessoa amada (e também para provar que temos coração), encarou essa história pra lá de romântica. E teve uma grata surpresa.
O filme (re)une Sandra Bullock e Keanu Reeves, que não apareciam juntos desde Velocidade Máxima, para interpretarem um arquiteto dono da tal casa do lago, e uma médica que decide alugar a casa. Os dois se correspondem por bilhetes deixados na caixa de cartas da casa. É lógico que eles vão se apaixonar, como também é lógico que haverá um problema impedindo os pombinhos de serem felizes para sempre.
E é no problema que reside o trufo do filme. Ao invés do tradicional briga-briga-e-no-final-descobrem-que-se-amam, o roteiro tem toques de surrealismo: eles estão separados por dois anos de distância, ou seja, ela em 2006 e ele em 2004. É estranho, o filme não explica o porquê, mas explora bem a situação, sendo impossível não curtir a seqüência em que Keanu planta uma árvore e logo em seguida a camêra avança até Sandra se protegendo da chuva sob a mesma árvore dois anos a frente. Ou, ainda, quando ela é guiada por uma carta dele em um passeio pela cidade através dos seus lugares preferidos.
A paisagem, como é comum nesse tipo de filme, é belissíma.
E o final, muito bem-feito, nos faz esquecer dos furos do roteiro (porque ninguém se choca com a situação, e nem tenta descobrir o porquê? Eu, se me correspondesse com alguém do futuro iria querer saber o resultado da Loteria, e não como estará o clima).
Um filme para assistir acompanhado, de preferência em uma noite fria e chuvosa, debaixo cobertores. Nota: 7
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