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Grupo CINENAUTA

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Hannibal - A Origem do Mal



Existe uma galeria curiosa de personagens. Seres inicialmente concebidos como vilões, mas por serem tão densos, profundos e interessantes, acabam roubando a cena dos mocinhos (geralmente insossos) e se tornam a atração principal de um filme. Darth Vader, Agente Smith, Magneto, Hannibal Lecter são alguns exemplos desse tipo de "vilão-estrela". E é sobre Hannibal, oriundo de uma série de livros escrita por Thomas Harris, esse filme. Ou melhor, sobre como Hannibal se tornou o mais célebre canibal da literatura e cinema mundial.

Inicialmente interpretado por Anthony Hopkins, em O Silêncios dos Inocentes (o melhor deles, excelente), Hannibal (fiasco) e Dragão Vermelho (recupera um pouco a diginidade do primeiro), Hannibal é um assassino frio, culto, sagaz, sofisticado, e que devora e degusta suas vítimas com a intensidade e prazer de um enófilo perante um bom vinho. Uma figura ambígua, aterrorizante e encantador, que conquista o coração da agente Clarice Starling (Jodie Foster e Julianne Moore nos dois primeiros filmes). Nesse quarto capítulo da série somos apresentados a um menino, Hannibal, e sua irmãzinha, Misha, em 1944, na Alemanha da Segunda Guerra. Após perderem a familia de forma trágica, os dois caem na mão de um bando de desocupados. O trauma resultante desse período leva então o jovem Hannibal, oito anos depois, a uma jornada de vingança e sangue pela Europa e América.

Muito mais sanguinolento e direto que seus antecessores, Hannibal jamais chega a ser brilhante. Talvez por ter uma marca famosa, esperamos muito de um filme pequeno.

A tentativa de explicar o porquê do ódio de Hannibal, é frustrada. O filme passa a impressão de que ele faz tudo aquilo com bandidos, gente ruim, pior que ele, e que portanto, merecem ser comidas. Engano. Hannibal é monstruoso e nada do que tenha passado na infância poderia ter transformado o meigo garotinho naquele poço de maldade. Se os produtoes fizessem simplesmente um filme de suspense como os outros, seria melhor do ficarem tentando explicar o inexplicável.

No final a sensação é que Anthony Hopkins pulou fora do barco antes que afundasse, então recrutou-se o (fraco) Gaspard Ulliel, para fazer a série render mais uns trocados. E, sinceramente, deveríamos seguir o exemplo de Hopkins e pular fora dessa bomba.

Um comentário:

Robson Cleiber disse...

Este filme teve um desenvolvimento de roteito tão bem direcionado que nem mesmo as cenas de pura violência e selvageria geram "repúdio" ao autor dos crimes. Recomendo !!!