Pra quem não lembra o primeiro filme, Jogos Mortais, de 2005, foi uma típica produção B de terror psicológico, que, com exceção de Danny Glover, não tinha nem um nome conhecido no elenco ou ficha técnica. Mas rendeu tanto que surgiu um monte de clones, incluindo aí duas sequëncias. Depois de vários meses de atraso, devido a problemas com distribuidores, finalmente saiu em vídeo a terceira parte da série.
O filme, assim como seus antecessores, fala de Jigsaw, um maníaco que aprisiona suas vitímas (drogados, ladrões, enfim pessoas problemáticas) em armadilhas mortíferas. Por meio de gravações em áudio ou vídeo, explica que para sair das armadilhas só existe uma saída, quase pior do que a armadilha em si. É o tal jogo do título, que, segundo Jigsaw, levará os sobreviventes a mudar de vida. A premissa é a mesma nos três filmes, e as surpresas ficam por conta de como Jigsaw matará dessa vez (algo como a série Premonição, porém muito mais brutal).
Só que Jogos Mortais 3, padece do mesmo mal da maioria das trilogias recentes (Homem-Aranha, Piratas do Caribe, Shreck). Depois de três filmes o "mais do mesmo" começa a cansar.
O roteiro complicado, criativo e confuso do primeiro filme desapareceu de vez, dando uma obviedade irritante ao filme.
O que mudou um pouco no filme é o banho de sangue, maior que das outras vezes, a cena da serra no primeiro filme é repetida aqui numa versão em que o terror é elevado a milésima potência, mas violência gratuita não sustenta filme nenhum.
É preciso, em primeiro lugar, de uma boa história para justificar tanto sadismo.
Se nesse a involução foi notória, o que esperar da quarta parte que começou a ser rodada? Nem quero pensar nisso agora.
Jogos Mortais 3 é, enfim, um filme que cumpre seus objetivos (arrumar alguns trocados para seus produtores, aproveitando sua marca) e só.
Ah, e se você quiser se aventurar, assista os três filmes na seqüencia, pois este traz detalhes do primeiro filme.
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