Esse Beowulf é um dos poucos que ousa e faz um filme épico, adulto, violento e com cenas picantes, em animação digital. Aqui conta-se o clássico poema da literatura inglesa, sobre um herói que livra um reino dos ataques mortíferos de um monstro, mas acaba sendo seduzido pela sua belissíma mãe (Angelina Jolie). Lembra, em alguns momentos, 300, e em outros, O Senhor dos Anéis.
Explorando muito bem os recursos, o filme tem uma câmera inventiva, filmando de ângulos impossíveis e com tomadas longas e belas. E consegue dar a Ray Winstone um corpo atlético (ele é aquele gordinho que passava o tempo todo na piscina em Sexy Beast) e deixar Angelina Jolie ainda mais sensual.
Mas apesar de todos os avanços na computação gráfica, e de das cenas de ação, o filme nunca convence de que é real. Ainda é um desenho. Muito bem feito, mas só um desenho. Ele tem os mesmos (d)efeitos que faziam o Hulk parecer uma bola de borracha verde quicando no deserto, falta peso aos personagens. Contudo, diverte exatamente como um desenho deve divertir.
P.S.: Faltou avisar aos realizadores do filme que apesar de ser digital, o traseiro de Anthony Hopkins ainda é o traseiro de Anthony Hopkins. Ou seja, nada agradável de se ver.
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