Muito se falou de Rodrigo Santoro como substituto de Sônia Braga, única representante brasileira em Hollywood (e de quem muito se falou também, mas sua carreira não foi lá grande coisa). Mas Rodrigão foi demitido da badalada série Lost, por rejeição do público, e ainda foi o quarto pior ator do ano passado, eleito por sua performance em 300. Então surge uma menina, Alice Braga (sobrinha de Sônia), para preencher a lacuna e detonar no cinemão norte-americano.
Ela estreou em Cidade de Deus em 2002. Em 2005 ganhou vários prêmios por Cidade Baixa. No ano seguinte engatou um filme internacional (Só Deus Sabe, mexicano). E agora ela vem arrancando elogios por sua atuação neste Eu sou a Lenda, ao lado de Will Smith.
No filme, Will é o Dr. Robert Neville genetecista chamado para conter uma estranha epidemia em Nova Iorque. Neville é surpreendentemente imune ao vírus que transforma todo ser vivo em vampiros. Três anos após o inicio da epidemia, Will é o único sobrevivente, que vive numa desolada Manhattan, infestada de criaturas noturnas sedentas de sangue.
É perturbador observar o Dr. Neville enlouquecer aos poucos, à medida que procura por novos sobreviventes e pela cura do vírus. Ele conversa com manequins e animais, caça no centro de Nova Iorque, saqueia casas em busca de comida e cai nas próprias armadilhas. E quando surta de vez, surge uma esperança, uma mulher (Alice) imune aparece para renovar suas forças.
Com um ótimo roteiro o filme lembra um pouco Naufrágo, mas aqui a bola é substituída por Pam, uma cadela que acompanha Will por um cenário de devastação espetacular e chocante.
E Alice faz jus as críticas, cria uma personagem interessante e essencial à trama. Se o filme não fosse tão bom, já valeria como o despontar de uma estrela brasileira lá fora.
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