Planeta Terror

Existem questões no universo pop que desafiam a lógica humana. Qual a cor de Michael Jackson? Como Madonna se mantém como a maior cantora do mundo sem saber cantar? DJ é músico? Quentin Tarantino é mesmo um gênio, ou foi superestimado a exemplo de M. Night Shyamalan? E, por último, após ter feito Sin City Robert Rodriguez merece ser perdoado por cometer a trilogia de Pequenos Espiões, Um Drink no Inferno e a saga de El Mariachi?

As três últimas questões estão amarradas, pois assim como os DJ's, Tarantino e Rodriguez fazem seus filmes usando colagens, citações ("homenagens") e referências de clássicos. Picaretagem ou genialidade? Não importa muito, pois o produto final, apesar de não ser original, é quase sempre divertido. E isso é o que vale nas danceterias e sessões de cinema dos diretores.

Dessa vez, eles se uniram para homenagear os chamados grindhouses (sessões duplas de cinema, geralmente de filmes B de terror, popular nos idos de 70). Quentin fez À Prova de Morte e Robert fez este Planeta Terror que acaba de chegar às locadoras (o filme duplo foi um fracasso nos EUA e desmembrado para o resto do mundo, numa estratégia do estúdio para faturar um pouco mais).

E, como se era de esperar, toda a sangüinolência dos filmes que o inspiraram estão presentes aqui. Maquiagens mal-feitas, efeitos toscos, máscaras de latex, pirotecnia exagerada e até mesmo uma heroína que tem a perna amputada e ganha uma metralhadora no lugar.

História? Ah, um monte de zumbis que quando arranham ou mordem transmitem um virús que transformará pessaoas sãs em zumbis também. Manjado? A intenção era essa mesma, evocar os roteiros bobos dos filmes de terror de outrora.

Bruce Willis e Fergie fazem figuração de luxo, seguindo a linha canastrice do resto do elenco.

Filme para quem não tem muito mesmo o que fazer, entretenimento rápido e descartável.

E tome vísceras, cabeças e membros decepados enquanto esperamos a outra parte do projeto que ainda não estreou por aqui.

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